quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Cotidiano Moribundo - superficialismo de alto impacto

                Em Curitiba, a música nunca chegou fazer nem cócegas quando se trata do quesito reconhecimento país a fora. Muitas e muitas bandas têm que deixar a capital paranaense pra encontrar um caminho menos, digamos, desanimador diante de seus pés. Esse desanimo afetado também pelo nosso cotidiano, cada dia mais intenso e malfeitor, é algo que deixa puto.
Nos últimos dias, algo que vem chamando a atenção é como pessoas que se dizem influentes na cena, estão crescendo os olhos pro lado das bandas de música autoral, e muita falsidade vem sendo percebida, o problema disso tudo é que tira um pouco o foco de quem está realmente interessado nas bandas com o mais sincero sentimento de ver algo acontecer de verdade.


                Também por estes lados, há alguns dias ouvi falar de um “evento” na capital que conta com um mínimo de 10 mil pessoas na praça da Espanha... Se trata do tal “ano novo fora de época”.
Iniciativa independente sem organização concreta, nem responsáveis caso haja problemas.
“A Associação dos Comerciantes do Batel Soho e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrabar), entraram em contado com a Secretaria de Segurança Pública para pedir policiamento. A Fundação Cultural de Curitiba também foi contatada para que a prefeitura possa fornecer mais estrutura ao evento.” Fonte: Banda B - notícias
Sinceramente sinto repúdio quanto a essa idéia. Cobertura da mídia, apoio policial, depredação do patrimônio público, entre outros. E qual é a função social/cultural? 




                Nossos dias vão passando, vamos vivendo & morrendo sob as penalidades de um cotidiano medíocre, às custa de um emprego com salário de fome, que para muitos de nós músicos autorais, temos que aguentar para patrocínio de nossas bandas e manter vivo o sonho...



“Sou uma droga de cão de guerra com presas podres por falta de manutenção higiênica e enfraquecido pelo tempo enquanto a raiva e a hiperatividade crescem por dentro ao mesmo tempo em que perco os movimentos do corpo e a guerra passa a ser interna, gozando de privilégios domésticos como andar pelado o dia inteiro dentro de casa e apagar cigarro no braço do sofá. Tudo muda, mas os dentes que eram armas não atacarão nada além de carniça. Guerra interna, psicológica, guerra egoísta.” – Giordano Bruno